Arara-Azul

Nome Científico: Anodorhynchus hyacinthinus

Status de Conservação:

Vulnerável (Segundo a IUCN)

Vulnerável (Segundo o ICMBio)

A arara-azul é uma das aves mais emblemáticas da fauna brasileira. Conhecida por sua plumagem azul intensa e porte imponente, pode atingir até um metro de comprimento, sendo considerada a maior espécie de arara do mundo. Habita principalmente o Pantanal, o Cerrado e algumas regiões da Amazônia, em países como Brasil, Paraguai e Bolívia.

Essa espécie alimenta-se principalmente de frutos e sementes, como o coco de licuri e a bocaiúva, que exigem um bico extremamente forte para serem quebrados. No entanto, a arara-azul enfrenta sérias ameaças à sua sobrevivência. O tráfico ilegal de animais silvestres, a destruição do seu habitat natural e a baixa taxa de reprodução – geralmente com apenas um filhote por ciclo reprodutivo – são os principais fatores que contribuíram para sua redução populacional.

Felizmente, graças a projetos de conservação como o Projeto Arara Azul, a espécie passou de “criticamente ameaçada” para “vulnerável” na lista da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza). Apesar da melhora, ainda requer proteção contínua para garantir sua permanência na natureza.

Onça-Pintada

Nome Científico: Phantera Onca

Status de Conservação:

Quase Ameaçada (Segundo a IUCN)

A onça-pintada é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, ficando atrás apenas do tigre e do leão. Possui um corpo robusto, com pelagem amarelada e manchas negras características em formato de rosetas, o que a torna facilmente reconhecível. É um predador de topo de cadeia e exerce um papel essencial no equilíbrio dos ecossistemas, ajudando a controlar populações de presas e manter a biodiversidade.

Essa espécie já foi encontrada em quase todo o território brasileiro, mas hoje está presente principalmente na Amazônia e no Pantanal, com populações menores e fragmentadas no Cerrado e na Mata Atlântica. A perda de habitat causada pelo desmatamento, a expansão agrícola, os incêndios e os conflitos com fazendeiros que perdem gado para o animal são algumas das principais ameaças à sua sobrevivência. Além disso, ainda há registros de caça ilegal.

Apesar de ser protegida por leis ambientais, a onça-pintada continua vulnerável fora das áreas preservadas. Iniciativas como o Projeto Onçafari e o Instituto Pró-Carnívoros têm sido fundamentais para o monitoramento, conservação e reintrodução de indivíduos em áreas onde a espécie está ameaçada.

Majestosa e silenciosa, a onça-pintada é símbolo da força e da resistência da natureza brasileira — e sua preservação representa a proteção de todo um ecossistema.

Mico-Leão-Dourado

Nome Científico: Leontopithecus rosalia

Status de Conservação:

Em Perigo (Segundo a IUCN)

O mico-leão-dourado é um dos primatas mais conhecidos do Brasil e símbolo da luta pela conservação ambiental. Com sua pelagem longa, brilhante e dourada, e uma face expressiva cercada por uma “juba” que lembra um leão, o animal atrai atenção tanto por sua beleza quanto por sua fragilidade. Ele mede cerca de 60 cm (com a cauda) e pesa menos de 1 kg.

Endêmico da Mata Atlântica, o mico-leão-dourado habita exclusivamente áreas florestais do estado do Rio de Janeiro, especialmente na região da Baixada Costeira. É um animal territorial, vive em pequenos grupos familiares e se alimenta de frutas, pequenos insetos, néctar e pequenos vertebrados.

A principal ameaça à espécie é o desmatamento. A Mata Atlântica, seu único lar, foi devastada ao longo dos séculos, restando menos de 12% de sua cobertura original. Além disso, a fragmentação do habitat impede que diferentes grupos da espécie se encontrem, levando à perda de variabilidade genética. A caça e o tráfico de animais também colaboraram para a queda populacional no passado.

Apesar disso, o mico-leão-dourado é um dos maiores casos de sucesso da conservação no Brasil. Projetos como a Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD), em parceria com instituições nacionais e internacionais, realizaram reintroduções de indivíduos em áreas restauradas e promoveram a criação de corredores ecológicos. Em 2022, a população na natureza ultrapassou 2.500 indivíduos, um marco importante — embora a espécie continue vulnerável e dependente de proteção contínua.

A sobrevivência do mico-leão-dourado está diretamente ligada à proteção da Mata Atlântica. Salvar esse pequeno primata é também salvar um dos biomas mais ricos e ameaçados do planeta.

Lobo-Guará

Nome Científico: Chrysocyon brachyurus

Status de Conservação:

Quase Ameaçado (Segundo a IUCN)

O lobo-guará é o maior canídeo da América do Sul e uma das espécies mais emblemáticas do cerrado brasileiro. Diferente de outros lobos, ele não vive em matilhas nem uiva como os lobos cinzentos. Com seu porte esguio, patas longas, pelagem avermelhada e orelhas grandes, o lobo-guará é facilmente reconhecível e perfeitamente adaptado às paisagens abertas e campos do cerrado.

Essa espécie é um animal solitário e de hábitos crepusculares e noturnos. Sua alimentação é onívora: consome pequenos mamíferos, aves, répteis e uma grande variedade de frutos — sendo o mais famoso deles a fruta-do-lobo, essencial para sua dieta e saúde.

O lobo-guará é encontrado principalmente no Cerrado brasileiro, mas também habita áreas do sul da Caatinga, do Pantanal, dos campos do sul do Brasil, além de regiões da Argentina, Paraguai, Peru e Bolívia. No entanto, o avanço do agronegócio, das monoculturas e o crescimento urbano têm causado a destruição e fragmentação de seu habitat.

As maiores ameaças à espécie incluem:

  • Atropelamentos, já que muitos vivem perto de estradas.

  • Desmatamento e incêndios no Cerrado.

  • Caça ilegal e superstições, que levam à perseguição do animal.

Apesar disso, o lobo-guará conta com importantes iniciativas de conservação, como o Projeto Lobo-Guará e o apoio de instituições como o ICMBio e zoobotânicos. Em 2020, ele foi eleito o símbolo do novo cédula de R$ 200, o que aumentou a visibilidade e o debate sobre sua preservação.